O QUE PRECISO SABER
A tripanossomíase bovina, doença causada pelo parasita Trypanosoma vivax está ganhando força na região vitimando rebanhos, especialmente os de leite. Normalmente os animais acometidos pela doença apresentam falta de apetite, febre, emagrecimento, anemia, hemorragias generalizadas e muitos animais morrem em menos de uma semana. Outros sintomas podem ser observados como aborto, repetição de cio, redução na produção de leite, opacidade de córnea, lacrimejamento excessivo e conjuntivite. O contágio, no Brasil, se dá pela da picada da mosca-de-estábulo (Stomoxys calcitrans), que pica o animal infectado e logo depois pica outro animal saudável, transmitindo o parasito através do sangue. Porém, como apenas as vacas em lactação estão apresentando sinais clínicos, especialistas acreditam que o surto em Minas Gerais está ocorrendo pelo uso indevido da agulha na aplicação de ocitocina, substância que facilita a descida do leite das vacas. Ao visitar as fazendas, percebemos que o líquido da ocitocina, originalmente transparente, se tornava vermelho depois de algumas aplicações nos animais, devido à mistura do sangue ao produto. O uso de agulhas descartáveis, o controle de moscas hematófagas com inseticidas e repelentes, limpeza e higienização dos currais, diagnósticos periódicos, restrição da movimentação de animais infectados para locais livres da doença, são algumas das medidas importantes para o controle da tripanossomíase. O diagnóstico dessa doença deve ser feito por meio do exame de sangue, portanto, ao identificar algum desses sintomas, solicite a visita de um médico veterinário para verificação e tratamento.